Estava caminhando no shopping e uma menina passou por mim me encarando com cara de nojo. Como percebi a hostilidade gratuita e também as motivações internas disso, apenas lhe cumprimentei, para quebrar essa corrente milenar, de ódio entre as mulheres.
Essa rivalidade que existe em todas as idades.
Eu sou mais velha que ela, mas meu estilo se assemelha ao dela. Meu corpo também, isso já é motivo para suscitar um ódio generalizado, sem necessidade. Um ódio aprendido.
Por que precisa ser assim? As pessoas nas ruas não são nossas inimigas. Os homens nas ruas não vão nos atacar, e não são potenciais noivos ou agressores. Mas não é assim que aprendemos. Não é isso que a sociedade nos ensina.
Uma paquera inocente não é um caso de estupro. Claro que é desagradável ser assediada. Mas nem tudo é assédio. Há diferenças entre uma coisa e outra. Nem tudo é tudo. É preciso ter olhos atentos para não ver sangue ao redor.
Não é isso que nossas mães e especialmente nossos pais enfiam em nossas cabeças. Nem isso que as empresas e o sistema quer que você pense.
As gordas são cobradas, as magras demais sofrem cobranças e querem engordar. Mas quem é magra e diz que sofreu bullying na infância, como eu, é hostilizada constantemente, por isso nunca mais falei nisso. Essa é uma prova de desunião incurável entre as mulheres. E já escrevi sobre isso, pela última vez aqui: Gordofobia e magrofobia - quando as palavras segregam
Fiquei muito decepcionada. E saí do movimento feminista 'normativo' por causa desse fato. É nojento não ter apoio nem respeito daquelas que querem reivindicar o mesmo dos demais.
Uma curiosidade normal, qualquer um tem. Homens se interessam pela beleza de outros homens. Mulheres maduras ou seja, sem inseguranças, querem ver outras mulheres bonitas, sem invejar. Eu adoro ver mulheres lindas, para me inspirar. Para me arrumar, me sentir bem, vendo nelas um modelo de beleza, ou de inteligência, e os dois juntos. Não precisamos invejar ninguém.
Mas não é isso que as mulheres vem fazendo.
Elas se cobram, invejam, policiam umas às outras. Mas colocam a culpa nos outros, na "sociedade", no homem.
O shortinho da outra é muito curto. E daí? Eu tive que escrever esses dias no Face "Ela tá lindona, eu só uso assim!" para a foto de uma menina com o shortinho mais curto e sensual que vi. Pois só tinha mulher esculachando.
Porra, por que temos que nos esculhambar? Ela não tinha o corpo esperado, mas sabe, quem dita o padrão? Será que não são aquelas mulheres que estão dizendo o que temos que usar??
Homem nem liga para isso, no mais das vezes.
E depois ficam de cara comigo quando escrevo artigos que tocam lá no Rim da questão???
Pois eu acho que o homem domina mais porque ele gosta de dominar sim, mas enquanto isso a mulher desperdiça seu poder natural perdendo tempo policiando a barriguinha da outra, a bunda com celulite da outra, a minha barriga, que todo mundo tem que olhar, só porque é bonita (e é bonita mesmo, sou convencida, mas não fico depreciando a barriga das outras, acho lindas, de coração).
E todo mundo tem coisas bonitas, e eu tenho defeitos, mas ninguém precisa saber, nem vir apontar esse dedo sujo na minha direção.
Sobre esse assunto escrevi isso: Mulher, dá para tirar esses olhos invejosos de cima de mim?
Não, a mulher, em vez de se valorizar, se preocupar em se tornar poderosa de verdade, fica perdendo tempo com isso, com ninharias, com conquistar a atenção, seja do homem ou da rival, pois não são só as pobres e incultas que estão nesse rol, muitas feministas também estão perdendo tempo evitando a autocrítica, mas achando muita bobagem para criticar nas outras, mas não em si mesmas.
Escrevi bastante sobre isso, e tem quem não goste, pois serve o chapéu.
Não estou inventando nada, esse assunto já foi abordado por feministas de peso. Sou professora a mais de dez anos e sempre ensinei isso em sala de aula. Mas nunca vi uma abordagem feminista de outras professoras, grupos de feministas que fossem nas escolas públicas ou privadas, para ensinar isso às meninas e meninos, pois essa educação não pode ser determinada por gênero.
No Brasil tudo chega atrasado. As pessoas aqui seguem apenas uma linha do feminismo, e ainda estão paradas no tempo. Não avançam para questões modernas e isso não é levado às pessoas, essas mulheres que andam nas ruas e que nos olham como ameaças, como rivais.
Não. Ninguém é ameaça. As mulheres são amigas, sofremos as mesmas pressões, temos problemas de relacionamentos, perdemos, ganhamos, e temos forças que nem sabemos direito. Quem não sabe a força que tem ou quem não tem essa força, pode ser ajudada por quem a tem de sobra. Quem é pacata, pode ser encontrada por quem tem a revolta no couro. Ninguém precisa estar sempre de punhos levantados. Isso só afasta e dá margem para a dominação.
Depois essas mulheres que dominam jargões idiotizantes, entram nas redes sociais para dizer "o homem é o único culpado", mas nós mulheres é que dominamos o poder de ficar nos policiando 24horas, roupa, comportamento, atitudes. Nem entro no mérito do especismo contra as fêmeas fora do círculo moral, imposto pela cultura machista, que a moral cristã aplacou, que todo mundo acatou, pois é conveniente sim. Por isso ninguém dá um pio e, quando alguém abre a boca é para ser contra. Mulher contra mulher, e contra os vulneráveis. Asqueroso.
Até nas publicações dos meus artigos, tem mulherzinha que pediu opinião dos outros para definir a sua, ou ficou perguntando quem era meu marido, ou achava que eu não era real. #medo.
Oh, existem outros tipos de dominação, sim. Não precisamos ignorar o básico só porque existe o difícil.
Isso é primário, infantil, e imaturo.
Não faço críticas construtivas, minha crítica é para destruir as bases, é para chocar mesmo. Essa coisa de todo mundo se amar é falso.
Eu só admiro e gosto de algumas mulheres, de alguns homens.
Mas as pessoas lá fora não são inimigas. Não precisamos andar com punhos levantados.
Não significa que devemos sair nas ruas com medo das pessoas. Não saia lá fora se achando melhor que os outros, nem pior. Pois você é só você.
Não precisamos ter medo das pessoas, e ninguém precisa nos temer. Nem por roupa ou comportamento.
Esses dias, vi uma mulher toda tatuada, com adornos incríveis. Como é raro ver tatuagens bonitas, eu ia elogiar, mas morri de vergonha!
Hoje, tudo é encarado meio de viés...por isso não tive coragem de falar, pois, o que ela iria pensar?
Geralmente puxo assunto nos lugares q vou, elogio sempre que posso, não tenho medo, mas nesse dia.... Ela era muito linda!
Estava na esquina da Av. Independência, mas ainda me falta um pouco para chegar lá...
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Por que o homem domina tanto e as cobranças das mulheres sobre as mulheres
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sexta-feira, 7 de novembro de 2014
Gordofobia e magrofobia - quando as palavras segregam
A solidariedade bate em um muro chamado dicionário.
Quando você sofre preconceito e quer ser solidária com outras mulheres, mas é segregada por elas, é discriminada por causa de detalhes, de ranços, teorias que saem do plano prático e beiram ao delírio. Para mim chega. Esses dias eu li numa postagem de alguém que magrofobia não existe. Abaixo os comentários eram debochados, perversos. Pensei: "Ih, acho que entrei no Clube da Luluzinha errado. Aqui é para gordas, eu não posso falar".
No post Eu também sou gorda, que você pode ler aqui: http://desobedienciavegana.blogspot.com.br/2013/10/eu-tambem-sou-gorda.html eu escrevo sobre o que passei na adolescência, e sobre como me identifico com o problema que muitas meninas passam hoje, a discriminação. Pelo visto, nada mudou. Continuo sendo a magra, discriminada. Não tenho direito de abrir minha boca. Parece que magra não pode falar.
Nesta outra postagem, falo sobre as dietas: http://desobedienciavegana.blogspot.com.br/2014/08/gordofofia-se-combate-com-sabedoria.html
Sobre os problemas com a baixa auto estima, que não é exclusividade só de alguns tipos físicos escolhidos por deus, você pode ler aqui: http://desobedienciavegana.blogspot.com.br/2014/06/alta-e-baixa-estima.html.
Quando um segmento feminino toma para si os problemas do mundo e acha que ninguém mais tem o direito de tê-los, a coisa torna-se complicada.
Só as gordas sofrem? Homem não pode ter o direito de se aliar às mulheres? Ou seja, o 'inimigo' deverá ser eternamente o inimigo. As magras, estão condenadas a serem as 'eleitas', mesmo sofrendo em silêncio.
Quem nunca leu um livro feminista não sabe que não é bem assim. Naomi Wolf, antes de inventarem o Facebook, já incluía as magras no sistema de exploração da beleza.
Eu estou, no momento, lendo só as feministas veganas. Não acredito em tudo o que vejo, nem em tudo o que está escrito.
Já conheci feminista com preconceito contra as travestis! Que idiota. Minorias contra minorias...
Magrofobia, gordofobia e outros termos (recentes) do gênero:
Algumas feministas dizem que não existe o termo magrofobia. Talvez não exista porque alguém chegou [antes] e deu um nome para algo mais evidente dentro da sociedade de consumo atual, que valoriza a magra bonita, mas não a magra feia e, para o resto, deu o nome de bullying.
Então você ignora que exista magrofobia? O que dizer então sobre o bullying contra crianças magras por exemplo, que foi o que eu sofri a infância inteira e adolescência? Vamos fingir que isso não existiu e não existe mais, só por que sua dor é mais importante?
Na escola, muitas formas de discriminação são praticadas hoje, contra meninas gordas e magras. Palavras novas, como tais, ainda precisam ser pensadas. Vamos deixar os meninos de lado? A infância precisa ser dividida?
Na minha época, havia preconceito na escola contra as magras, pois o padrão de beleza era ligeiramente diferente. Existia sim, o culto à beleza 'magra' em alguns setores sociais, mas existia um culto à beleza curvilínea. As 'secas' como eu, eram ridicularizadas. Eu era uma criança, e já sofria isso.
E, se um segmento não quer compartilhar a dor com ninguém, algo está errado.
E aí parece que a 'magra' precisa ser excluída, o 'homem' precisa ser execrado.
Puxa, eu sei bem o que sofri, quis ser solidária com uma feminista que estava escrevendo sobre o fato de ser gorda, mas não fui 'aceita'. Pois parece que não existe sofrimento no mundo das magras.
Que torpe isso.
É por essa razão que a mulher continua sendo dividida para ser explorada, assim como toda a mercadoria a ser manipulada pelo sistema que os 'libertários' querem combater com "palavras", "termos", mas não com união e sabedoria.
Eu não pertenço a nada - o título feminista ali em cima do blog é para provocar algumas feministas que sempre me olham na rua de cima a baixo, e ficam procurando na minha roupa, cabelo e corpo, algo para me enquadrar, e também para provocar o povo de direita que fica puto da vida com minhas ideias -
Quando assisto de longe essa situação, essas mulheres cumprindo estereótipos, brigando entre si, e me corrigindo toda a vez que eu vou falar algo, desabafar, ser solidária, manifestar meu feminismo natural e justo, eu vejo, nitidamente, como nos tempos de colégio, os velhos grupos de meninas divididos entre si.
As gordas contra as magras, brigando por causa de meninos, por causa de comida, por causa de inveja, por causa de notas ou atenção de professores. Eu vejo apenas mudados os ambientes, mas a mesma infantilidade, nesse ar de reprovação, de negação, em que as mulheres se reprovam umas às outras.
O uso exagerado de palavras inventadas não me convence pois separam, provocam o mesmo efeito que querem combater.
Palavras novas não me convencem, quando as atitudes de segregação, ainda são as mesmas. É o velho jogo de meninas.
Não me interessa saber sobre as origens das palavras, dos termos, pois simplesmente detesto apegos ao dicionário, polícia das palavras, vigia dos vocábulos, colocar o X ali ou acolá me parece neura ou TOC. Acho ridículo alguém ir buscar nas grades de sua cela a liberdade, e querer usar os cadeados como peças de libertação. Me cansa ver alguém mudando as palavras de lugar o tempo todo, como se isso fosse garantia de alguma liberdade, e não apenas um teatro de sua inutilidade frente a um mundo opressor, que ri de tudo isso. O dicionário, assim como qualquer tipo de controlador da linguagem ou do que quer que seja, é um objeto repressor tão forte quanto qualquer outro, e é apenas mais um, controlador!
No post Eu também sou gorda, que você pode ler aqui: http://desobedienciavegana.blogspot.com.br/2013/10/eu-tambem-sou-gorda.html eu escrevo sobre o que passei na adolescência, e sobre como me identifico com o problema que muitas meninas passam hoje, a discriminação. Pelo visto, nada mudou. Continuo sendo a magra, discriminada. Não tenho direito de abrir minha boca. Parece que magra não pode falar.
Nesta outra postagem, falo sobre as dietas: http://desobedienciavegana.blogspot.com.br/2014/08/gordofofia-se-combate-com-sabedoria.html
Sobre os problemas com a baixa auto estima, que não é exclusividade só de alguns tipos físicos escolhidos por deus, você pode ler aqui: http://desobedienciavegana.blogspot.com.br/2014/06/alta-e-baixa-estima.html.
Quando um segmento feminino toma para si os problemas do mundo e acha que ninguém mais tem o direito de tê-los, a coisa torna-se complicada.
Só as gordas sofrem? Homem não pode ter o direito de se aliar às mulheres? Ou seja, o 'inimigo' deverá ser eternamente o inimigo. As magras, estão condenadas a serem as 'eleitas', mesmo sofrendo em silêncio.
Quem nunca leu um livro feminista não sabe que não é bem assim. Naomi Wolf, antes de inventarem o Facebook, já incluía as magras no sistema de exploração da beleza.
Eu estou, no momento, lendo só as feministas veganas. Não acredito em tudo o que vejo, nem em tudo o que está escrito.
Já conheci feminista com preconceito contra as travestis! Que idiota. Minorias contra minorias...
Magrofobia, gordofobia e outros termos (recentes) do gênero:
Algumas feministas dizem que não existe o termo magrofobia. Talvez não exista porque alguém chegou [antes] e deu um nome para algo mais evidente dentro da sociedade de consumo atual, que valoriza a magra bonita, mas não a magra feia e, para o resto, deu o nome de bullying.
Então você ignora que exista magrofobia? O que dizer então sobre o bullying contra crianças magras por exemplo, que foi o que eu sofri a infância inteira e adolescência? Vamos fingir que isso não existiu e não existe mais, só por que sua dor é mais importante?
Na escola, muitas formas de discriminação são praticadas hoje, contra meninas gordas e magras. Palavras novas, como tais, ainda precisam ser pensadas. Vamos deixar os meninos de lado? A infância precisa ser dividida?
Na minha época, havia preconceito na escola contra as magras, pois o padrão de beleza era ligeiramente diferente. Existia sim, o culto à beleza 'magra' em alguns setores sociais, mas existia um culto à beleza curvilínea. As 'secas' como eu, eram ridicularizadas. Eu era uma criança, e já sofria isso.
E, se um segmento não quer compartilhar a dor com ninguém, algo está errado.
E aí parece que a 'magra' precisa ser excluída, o 'homem' precisa ser execrado.
Puxa, eu sei bem o que sofri, quis ser solidária com uma feminista que estava escrevendo sobre o fato de ser gorda, mas não fui 'aceita'. Pois parece que não existe sofrimento no mundo das magras.
Que torpe isso.
É por essa razão que a mulher continua sendo dividida para ser explorada, assim como toda a mercadoria a ser manipulada pelo sistema que os 'libertários' querem combater com "palavras", "termos", mas não com união e sabedoria.
Eu não pertenço a nada - o título feminista ali em cima do blog é para provocar algumas feministas que sempre me olham na rua de cima a baixo, e ficam procurando na minha roupa, cabelo e corpo, algo para me enquadrar, e também para provocar o povo de direita que fica puto da vida com minhas ideias -
Quando assisto de longe essa situação, essas mulheres cumprindo estereótipos, brigando entre si, e me corrigindo toda a vez que eu vou falar algo, desabafar, ser solidária, manifestar meu feminismo natural e justo, eu vejo, nitidamente, como nos tempos de colégio, os velhos grupos de meninas divididos entre si.
As gordas contra as magras, brigando por causa de meninos, por causa de comida, por causa de inveja, por causa de notas ou atenção de professores. Eu vejo apenas mudados os ambientes, mas a mesma infantilidade, nesse ar de reprovação, de negação, em que as mulheres se reprovam umas às outras.
O uso exagerado de palavras inventadas não me convence pois separam, provocam o mesmo efeito que querem combater.
Palavras novas não me convencem, quando as atitudes de segregação, ainda são as mesmas. É o velho jogo de meninas.
Não me interessa saber sobre as origens das palavras, dos termos, pois simplesmente detesto apegos ao dicionário, polícia das palavras, vigia dos vocábulos, colocar o X ali ou acolá me parece neura ou TOC. Acho ridículo alguém ir buscar nas grades de sua cela a liberdade, e querer usar os cadeados como peças de libertação. Me cansa ver alguém mudando as palavras de lugar o tempo todo, como se isso fosse garantia de alguma liberdade, e não apenas um teatro de sua inutilidade frente a um mundo opressor, que ri de tudo isso. O dicionário, assim como qualquer tipo de controlador da linguagem ou do que quer que seja, é um objeto repressor tão forte quanto qualquer outro, e é apenas mais um, controlador!
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domingo, 31 de agosto de 2014
Gordofofia se combate com sabedoria
No programa sobre dietas bobas da rádio de notícias que eu escuto, hoje ouvi algo que gostei muito, uma neurocientista (Sophie Deram) que afirma que as dietas engordam. O cérebro leva um choque com a falta. Eu já sabia disso. Quem está de dieta só fala em comida. As pessoas que sofrem com dietas malucas e que depois de um tempo voltam ao peso antigo também sabem. E meu marido sempre disse: Nunca se viu ex gordo.
O que me causou maior diversão foi imaginar a cara de espanto dessas patricinhas que apresentam o programa, quando a estudiosa sobre o assunto disse com todas as letras que o mito de que pessoas magras são saudáveis é pura ilusão, pois há pessoas gordas totalmente saudáveis e pessoas magras doentes.
Elas cortaram a fala dela quase que antes de ela terminar e enfiaram os comerciais. Juro!
Há pessoas gordas fazendo exercícios, tendo uma vida de saúde e prazer, e pessoas magras vivendo no sedentarismo, tendo uma vida idiota. Para quem não tem o cérebro mais aberto, isso é difícil de entrar, mas entra. É só você pensar em doenças que mais afetam os magros, como o diabetes. Todo mundo que conheci, com essa doença, é magro, e tem uma vida de alimentação ruim, vida intoxicada, sentimentos ruins, zero de exercícios etc. E o que eu vejo de pessoas obcecadas com contagem de calorias, sem ouvir o próprio corpo, quando está morrendo de fome com os nutrientes a zero e a saúde precária.
Todo mundo fala 'contra os transgênicos', mas vai entrar na cozinha dessa pessoa. Todo mundo fala a favor dos orgânicos, mas vai entrar lá na cozinha dessa pessoa - tem um frango lá. E o frango nada mais é que um animal modificado. Foi antes da invenção dos famosos organismos genéticamente modificados, é verdade, mas sim, é uma aberração genética, que causa problemas ambientais, de saúde, etc... E tem transgênicos modernos ali na cozinha também, muitas vezes.
Por fim, eu não estou nem aí para esse lance natureba, pois meu lance é ético. Sou vegana pelos animais, e se eu tenho saúde perfeita, é por que o ato de ter uma alimentação estritamente vegetal te dá um saúde ótima, comprovada por estudos sérios. Mas sinceramente, faço exercícios, por prazer, que são simplesmente caminhadas imensas, e de vez em quando uma bicicleta ergométrica. Mas nada mais. O exercício é extremamente importante para a saúde. Mas desencano dessa preocupação com beleza. Isso é coisa dessa sociedade consumista e machista.
Estão sempre te oferecendo 'rações humanas', pílulas para emagrecer, mitos da beleza, mulheres para imitar, etc... não caia nessa... seja bonita ou bonito como você é. E tenha saúde para viver bem e longamente. E se preocupe com a ética, ou seja, não se preocupe somente com o seu umbigo, pense nos outros também: nos animais, ecossistemas, humanos, etc. Não seja torpe.
O que me causou maior diversão foi imaginar a cara de espanto dessas patricinhas que apresentam o programa, quando a estudiosa sobre o assunto disse com todas as letras que o mito de que pessoas magras são saudáveis é pura ilusão, pois há pessoas gordas totalmente saudáveis e pessoas magras doentes.
Elas cortaram a fala dela quase que antes de ela terminar e enfiaram os comerciais. Juro!
Há pessoas gordas fazendo exercícios, tendo uma vida de saúde e prazer, e pessoas magras vivendo no sedentarismo, tendo uma vida idiota. Para quem não tem o cérebro mais aberto, isso é difícil de entrar, mas entra. É só você pensar em doenças que mais afetam os magros, como o diabetes. Todo mundo que conheci, com essa doença, é magro, e tem uma vida de alimentação ruim, vida intoxicada, sentimentos ruins, zero de exercícios etc. E o que eu vejo de pessoas obcecadas com contagem de calorias, sem ouvir o próprio corpo, quando está morrendo de fome com os nutrientes a zero e a saúde precária.
Todo mundo fala 'contra os transgênicos', mas vai entrar na cozinha dessa pessoa. Todo mundo fala a favor dos orgânicos, mas vai entrar lá na cozinha dessa pessoa - tem um frango lá. E o frango nada mais é que um animal modificado. Foi antes da invenção dos famosos organismos genéticamente modificados, é verdade, mas sim, é uma aberração genética, que causa problemas ambientais, de saúde, etc... E tem transgênicos modernos ali na cozinha também, muitas vezes.
Por fim, eu não estou nem aí para esse lance natureba, pois meu lance é ético. Sou vegana pelos animais, e se eu tenho saúde perfeita, é por que o ato de ter uma alimentação estritamente vegetal te dá um saúde ótima, comprovada por estudos sérios. Mas sinceramente, faço exercícios, por prazer, que são simplesmente caminhadas imensas, e de vez em quando uma bicicleta ergométrica. Mas nada mais. O exercício é extremamente importante para a saúde. Mas desencano dessa preocupação com beleza. Isso é coisa dessa sociedade consumista e machista.
Estão sempre te oferecendo 'rações humanas', pílulas para emagrecer, mitos da beleza, mulheres para imitar, etc... não caia nessa... seja bonita ou bonito como você é. E tenha saúde para viver bem e longamente. E se preocupe com a ética, ou seja, não se preocupe somente com o seu umbigo, pense nos outros também: nos animais, ecossistemas, humanos, etc. Não seja torpe.
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quinta-feira, 12 de junho de 2014
Alta e baixa estima
Sim, você leu isso. Nós, altas, magras, ou que achamos ser tudo isso também temos problemas com auto estima. Eu tenho. Já sabia há muito tempo. Mas na terapia o espelho é mais bonito e mais feio, porém sincero.
O sistema te faz pensar que essas mulheres não sofrem com os padrões de beleza, mas é puro engano.
Aliás, aprenda: o sistema te diz o que pensar!
A tendência é que as mulheres magras e altas não sofram tanto, pois tudo serve, tudo é para elas. Mas aí é que a armadilha está montada. Engorda-se um quilo e já. O pior é quando elas mesmas pensam que não sofrem nenhum tipo de pressão social, iludidas que estão no meio dessa purpurina montada pelo sistema machista e opressor em outros níveis.
Minha baixa auto estima passa ao largo dessa questão de peso, neste momento, mas já tive meus problemas sim.
Já sofri preconceito por ser magra.
Assim como gordos sofrem gordofobia a todo instante. Se uma mulher é gorda e não quer emagrecer e se sente feliz assim, pronto. Também sofre preconceito. Até a palavra gorda ofende. Curioso que a palavra correspondente - magra - não ofende.
Como se fosse obrigatório emagrecer. Não pensem que ser magra é menos ruim.
Você tem que ouvir todo o tipo de piadinha. E a mesma pessoa que te elogia ou fica em silêncio na tua frente, fala mal das outras mulheres magras, nas tuas costas. É a desunião secular feminina.
Para muitas mulheres a questão de perder peso é tudo o que importa na vida, pois é o que mais afeta sua psique. Para outras, no entanto, há muitas outras coisas igualmente torturantes. Tudo é triste sim, e nós sabemos o quanto dói. Mas a vida consiste em aprender todos os dias. E aqui vai mais um dia.
Não ser vista. Sentir-se invisível. Não receber um telefonema. O adeus de uma amiga. Uma carta não enviada. Um abraço esquecido. Um presente guardado. Palavras ditas no momento errado. Falta de palavras.
A indelicadeza de alguém.
Tantas vezes, mesquinharias vindas de pessoas que nem importam.
Mas o que sai ferida é a menina. Aquela menina da casa de sua mente. A casa vazia. A casa de espelhos.
Um toque sensível onde tudo se quebra. Em sonhos, um passo e tudo são cacos de vidro.
É assim a mente quando afetada pela baixa auto estima. Mas nem todo mundo é assim.
Como eu sofro desse problema, reconheço quem sofre, a quilômetros.
Algumas pessoas são arrogantes, ferem para não serem feridas. Outras se escondem. Outras ainda, gritam bem alto. Há quem seja apenas louco.
Mas não é fácil de admitir e não encontro quem admita. Pois há quem nem saiba.
Tenho coragem e vontade de publicar uma série de coisas aqui sobre esse sentimento ruim, justamente por que admito sofrer desse mal, e por que não entendo praticamente nada sobre esse assunto.
Alguém pode saber sobre isso, ser assim como eu, ou enviar um sinal. Como outro farol no oceano.
O sistema te faz pensar que essas mulheres não sofrem com os padrões de beleza, mas é puro engano.
Aliás, aprenda: o sistema te diz o que pensar!
A tendência é que as mulheres magras e altas não sofram tanto, pois tudo serve, tudo é para elas. Mas aí é que a armadilha está montada. Engorda-se um quilo e já. O pior é quando elas mesmas pensam que não sofrem nenhum tipo de pressão social, iludidas que estão no meio dessa purpurina montada pelo sistema machista e opressor em outros níveis.
Minha baixa auto estima passa ao largo dessa questão de peso, neste momento, mas já tive meus problemas sim.
Assim como gordos sofrem gordofobia a todo instante. Se uma mulher é gorda e não quer emagrecer e se sente feliz assim, pronto. Também sofre preconceito. Até a palavra gorda ofende. Curioso que a palavra correspondente - magra - não ofende.
Como se fosse obrigatório emagrecer. Não pensem que ser magra é menos ruim.
Você tem que ouvir todo o tipo de piadinha. E a mesma pessoa que te elogia ou fica em silêncio na tua frente, fala mal das outras mulheres magras, nas tuas costas. É a desunião secular feminina.
Para muitas mulheres a questão de perder peso é tudo o que importa na vida, pois é o que mais afeta sua psique. Para outras, no entanto, há muitas outras coisas igualmente torturantes. Tudo é triste sim, e nós sabemos o quanto dói. Mas a vida consiste em aprender todos os dias. E aqui vai mais um dia.
Não ser vista. Sentir-se invisível. Não receber um telefonema. O adeus de uma amiga. Uma carta não enviada. Um abraço esquecido. Um presente guardado. Palavras ditas no momento errado. Falta de palavras.
A indelicadeza de alguém.
Tantas vezes, mesquinharias vindas de pessoas que nem importam.
Mas o que sai ferida é a menina. Aquela menina da casa de sua mente. A casa vazia. A casa de espelhos.
Um toque sensível onde tudo se quebra. Em sonhos, um passo e tudo são cacos de vidro.
É assim a mente quando afetada pela baixa auto estima. Mas nem todo mundo é assim.
Como eu sofro desse problema, reconheço quem sofre, a quilômetros.
Algumas pessoas são arrogantes, ferem para não serem feridas. Outras se escondem. Outras ainda, gritam bem alto. Há quem seja apenas louco.
Mas não é fácil de admitir e não encontro quem admita. Pois há quem nem saiba.
Tenho coragem e vontade de publicar uma série de coisas aqui sobre esse sentimento ruim, justamente por que admito sofrer desse mal, e por que não entendo praticamente nada sobre esse assunto.
Alguém pode saber sobre isso, ser assim como eu, ou enviar um sinal. Como outro farol no oceano.
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