Estou cursando a faculdade de Letras, quase domino um novo idioma, porém, como é difícil comunicar-me. Escrever, é fácil, ser lido, do mesmo modo também é. Mas, na comunicação individual, onde reina o sentimento, minhas palavras são parcas, eu não consigo me expressar.
Nasci com o dom da escrita, eu sei. Sempre foi tão fácil organizar as palavras, quanto pensar, ou respirar. Sempre foi tão perfeito ler, entender e simplesmente amar o lido. Porém, diante do amor, as palavras são insuficientes, os idiomas não valem para nada, eu fico muda.
Escrevi uma carta de amor, mas, por ser de amor, ainda tenho minhas dúvidas se disse tudo o que deveria dizer. Ou se escrevi demais, ou se não falei o essencial.
Para falar dos sentimentos nunca fui boa.
Diante de minha mãe morta, não consegui dizer-lhe que a amava.
Diante do amado, nenhuma palavra jamais saiu. Eu só sabia escrever, cometer torpezas, falar com os gestos, fugir como uma condenada, de um sentimento que me arrebatava.
Eu tenho consciência de que esta vida é curta, e perco meus dias por nada dizer. Perco minhas horas por estar aqui, em minha auto suficiência de escritora, em apenas escrever o contrário do que sinto. Se estou tão viva, citarei a morte, se estou tão feliz, citarei a melancolia.
E, de metáforas tortas, vou fazendo, além da escrita, minha vida.
Mostrando postagens com marcador sentimentos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sentimentos. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 4 de julho de 2017
domingo, 28 de agosto de 2016
Angústia
Adoro a palavra Angústia, e não consigo parar de sentí-la.
A perseguição começa quando estou bem. Vem sempre à noite, quando estou já desarmada. Está a me rondar neste momento. É um sentimento que anda de mãos dadas com outros, que nem ouso mencionar.
Se eu disser as palavras, se eu as formular, tenho medo de que escapem do meu coração ou, me prendam para sempre em seus significados.
Quando a noite chega, e com ela está a Angústia, eu sinto vontade de deitar embaixo do cobertor, e esperar o tempo passar, queria dormir, queria esquecer, das coisas lindas ou tristes que estão pairando no ar. Mas esse sentimento congela tudo, fixa tudo em algum lugar onde não alcanço.
Tudo começou quando abri uma fenda desta armadura. Eu não suporto o brilho da noite, tampouco a brancura serena do dia quando começa.
Esconder-me no sombrio me confortava. Minha vida estava bem até então.
O dia traz as cores do Sol, e a possibilidade de eu me sentir melhor, quem sabe. Mas, por que tudo é tão longe, por que é tão raro?
Eu caminhei pela manhã, percebendo a neblina gelada. Estou cansada. Minha vida, eu zerei, todas as possibilidades, já não me interessam. A beleza está ali, a vejo, mas será minha? Prefiro a certeza da morte, do que a brevidade incerta da vida.
Fugindo de tudo o que venero, passei a vida perdendo o que de mais sagrado conquistei.
Eu não quero mais viver de relações vazias, não quero ser mais uma opção na agenda de alguém. Uma companhia para o nada, um ser esquecido, como sempre fui.
Eu não quero mais jogar o jogo, esse jogo de vazios, de vácuos, de nadas que se completam.
Amanheci com o vestígio de um sonho ruim. Eram coisas a serem banidas, varridas, eram noites sem sentido, com o Oceano de fundo. Era um brilho de morte em toda essa praia vazia.
Eu penei, essas semanas eu senti toda a angústia possível, de quem espera descobrir algo. Meu corpo não responde a minha pergunta, só me fere com dores, estranhas sensações. Minha mente é apenas negação.
O que será que vai acontecer na minha vida? Serei só ou há algo mais em mim?
A perseguição começa quando estou bem. Vem sempre à noite, quando estou já desarmada. Está a me rondar neste momento. É um sentimento que anda de mãos dadas com outros, que nem ouso mencionar.
Se eu disser as palavras, se eu as formular, tenho medo de que escapem do meu coração ou, me prendam para sempre em seus significados.
Quando a noite chega, e com ela está a Angústia, eu sinto vontade de deitar embaixo do cobertor, e esperar o tempo passar, queria dormir, queria esquecer, das coisas lindas ou tristes que estão pairando no ar. Mas esse sentimento congela tudo, fixa tudo em algum lugar onde não alcanço.
Tudo começou quando abri uma fenda desta armadura. Eu não suporto o brilho da noite, tampouco a brancura serena do dia quando começa.
Esconder-me no sombrio me confortava. Minha vida estava bem até então.
O dia traz as cores do Sol, e a possibilidade de eu me sentir melhor, quem sabe. Mas, por que tudo é tão longe, por que é tão raro?
Eu caminhei pela manhã, percebendo a neblina gelada. Estou cansada. Minha vida, eu zerei, todas as possibilidades, já não me interessam. A beleza está ali, a vejo, mas será minha? Prefiro a certeza da morte, do que a brevidade incerta da vida.
Fugindo de tudo o que venero, passei a vida perdendo o que de mais sagrado conquistei.
Eu não quero mais viver de relações vazias, não quero ser mais uma opção na agenda de alguém. Uma companhia para o nada, um ser esquecido, como sempre fui.
Eu não quero mais jogar o jogo, esse jogo de vazios, de vácuos, de nadas que se completam.
Amanheci com o vestígio de um sonho ruim. Eram coisas a serem banidas, varridas, eram noites sem sentido, com o Oceano de fundo. Era um brilho de morte em toda essa praia vazia.
Eu penei, essas semanas eu senti toda a angústia possível, de quem espera descobrir algo. Meu corpo não responde a minha pergunta, só me fere com dores, estranhas sensações. Minha mente é apenas negação.
O que será que vai acontecer na minha vida? Serei só ou há algo mais em mim?
sugestões
angústia,
ansiedade,
dor,
Ellen Augusta,
Ellen Augusta Valer de Freitas,
escrever,
espera,
literatura,
maquiagem,
morte,
mulher,
noite,
poesia,
sentimentos,
sonhos
quinta-feira, 17 de março de 2016
Uma vegana solteira - como eu me sinto
Eu já pensei em escrever aqui sobre minha vida. Como um diário, mas acho isso um saco. Meu lance é escrever sobre o que aparece em minha mente, no agora... não importa o que seja.
De um dia para o outro eu me tornei uma mulher sozinha, divorciada.
Que palavra pesada essa: divorciada. Solteira seria melhor? Não sei.
O impressionante é meu estado de espírito nesse momento.
De um dia para o outro eu me tornei uma mulher sozinha, divorciada.
Que palavra pesada essa: divorciada. Solteira seria melhor? Não sei.
O impressionante é meu estado de espírito nesse momento.
É uma sensação boa e também angustiante. Será que vai dar certo? Será que vou sobreviver? Essas preocupações, que deveriam me deixar mal, não estão me abalando, pelo menos aparentemente. Não sei se ainda tive tempo para sofrer.
Eu queria sair de casa com apenas o básico. Como básico só me vinha à mente meu computador, meus livros e um colchão.
Mas quando se prepara uma mudança, você percebe que tem coisas demais.
Tudo parecia estar espalhado pela minha ex casa. Eram tantas coisas pequenas, marcas de longos anos vivendo em um lugar.
Ele me disse para não pensar que vai ser ruim. Mas eu tenho medo, e se for?
Eu sei que tudo pode ser ou não ser, dependendo de como eu mesma levar as coisas. Mas, saberei?
Eu venci muitos medos, estou vencendo ainda. Preciso de mais um trabalho para ficar mais tranquila. Sei que vou me sentir só, a solidão me acompanha mesmo quando era casada pois é algo interno, não tem a ver com os outros. Mas estou enfrentando.
O mundo agora é diferente para mim. Sim, quando eu era casada era muito independente, fazia tudo o que farei agora, mas é diferente quando se tem um companheiro como eu tive.
E hoje estou no auge da minha fase adulta, pois eu no fundo tenho uma mente muito adolescente.
E hoje estou no auge da minha fase adulta, pois eu no fundo tenho uma mente muito adolescente.
Só que não farei como a maioria das pessoas que despreza o que já viveu.
Eu não.
Eu não.
Recomendo o casamento a qualquer um. Me fez muito feliz, aprendi muitas coisas, inclusive a ser mais adulta. Seria igual se estivesse sozinha? Sim ou talvez, mas com alguém ao seu lado, tudo é melhor.
Vou curtir minha nova solidão, meus momentos de uma liberdade que só quem sai de uma relação sabe o quanto é bom, é como respirar ares novos, mais apaixonantes.
Mas, e pelo menos penso isso neste instante, eu pretendo me casar mais vezes sim. Não sei se será da mesma forma, do mesmo jeito, mas eu não vivo sem homem, admito. Amo uma companhia, mas só quando é a melhor.
Pois, embora eu esteja de mãos dadas com a morte, tem muita vida circulando em meu sangue. E, foi quando me dei conta disso, que tomei minhas decisões e decidi dar um salto no desconhecido.
sugestões
casamento,
diário,
Ellen Augusta,
Ellen Augusta Valer de Freitas,
homens,
independência,
mulher,
sentimentos,
solteira,
vegana solteira,
veganismo
Assinar:
Postagens (Atom)




