quando percebo minha frieza - a minha única arma -
quando percebo que tudo muda,
e você se desmancha em emoção.
Ignoro, olho para o lado.
Não quero ver quem me quer tão bem.
Não creio haver sentido, em um sentimento que sempre foi apenas meu.
E agora o vejo refletido.
Preciso partir, meu sonho.
Você me carrega em seus pés, os cabelos vermelhos, as palavras que eu esqueci,
de tão importantes que eram, para mim.
Te abracei, e sobre teus pés, andei assim, como uma criança.
Eu só andava, passo a passo, pés sobre pés, o poema assim construído
dentro de meus olhos fechados - o sonhar.
Eu só andava, passo a passo, pés sobre pés, o poema assim construído
dentro de meus olhos fechados - o sonhar.
Preciso ir,
nasci, para em seguida fenecer.
Essa cor verde que me impressiona,
esse jeito de chorar.
Aquelas flores mortas, as saudades, o presente,
tudo tão triste.
Foi o lugar, foi a cidade, a metrópole dos mortos.
tudo tão triste.
Foi o lugar, foi a cidade, a metrópole dos mortos.
A janela aberta para o silêncio do lago,
um cemitério de lembranças,
um cemitério de lembranças,
ele tão quieto - a minha distância interior.
Porque a melancolia tem essa coisa que me devasta por dentro.
Eu preciso abrir os olhos, eu preciso acordar.
Nossos dias nos matam, eu sei.
Mas isso não é suficiente.
Eu preciso abrir os olhos, eu preciso acordar.
Nossos dias nos matam, eu sei.
Mas isso não é suficiente.
Chorei, quando te conheci. Porque sabia que não seria fácil. Porque sabia que meu mundo se quebraria, com o ruído do seu caminhar.
Ellen Augusta
Ellen Augusta