Ao ver um cachorro rasgando uma sacola de lixo para conseguir pegar um osso, como não sentir nojo, repulsa, asco,
do animal humano?
Essa foi a cena que desagradou meu dia, e que trouxe lá do fundo do meu ser, a velha desesperança.
A mesma que ora enterro, ora vem à tona, conforme o dia lá fora, ou a minha disposição interior.
Eles perderam o rumo - domesticados, escravizados - e vagam pelas ruas, a procura de comida, abrigo e carinho. Era de nossa responsabilidade, o afeto e proteção. Hoje, é preciso permitir a liberdade aos animais. Devolver, deixar-lhes a paz, e antes disso, como numa guerra, lhes dar o mínimo necessário, comida, remédios e amor. Mas o que se faz, é o pouco, que não conseguimos sequer fazer a nós mesmos ou o muito, a maldade reflexa.