O livro é um trabalho de mais de dez anos sobre a ilusão do leite puro de vaca, da exploração de fêmeas e dos diversos efeitos ambientais e na saúde da extração de leite, os excrementos, a destinação de alimentos nobres à pecuária, o uso irrestrito da água e a toda a omissão da sociedade.
No final de sua apresentação, ela respondeu a algumas perguntas e falou sobre seu trabalho como feminista vegana.
Na defesa internacional dos animais, sempre é defendido o macho. Ela citou exemplos de touradas (touro), farra do boi (boi), rinha de galo (galo), rinha de cães (cão). E dentro dessa insinuante preocupação com machos somente, ela pretendeu defender as fêmeas, galinhas, vacas, porcas, etc. Dentro do etc estão também os invertebrados.
Então ela confessou que sentia um certo incômodo ao ver esse machismo entre as feministas e entre os animalistas e que queria desmontar esse preconceito. Por isso seus livros abordam assuntos que mexem na estrutura social. E profundamente.
Em todos os seus livros o feminismo é respirante. Em suas palavras sempre há a libertação. Sou verdadeiramente fã de seus trabalhos.
Sônia explicando que o leite de mulher é ideal para o bebê humano. Que entre o nascido e sua mãe há uma interação perfeita, sendo o leite produzido especificamente para as necessidades daquele dia, daquela hora e daquela fase do bebê. Essa interação entre mãe e filho se dá mesmo depois do nascimento, pois eles estão intimamente ligados. O leite de vaca possui fósforo, sódio e proteína em excesso, prejudicando a formação do cérebro humano, que em nossa espécie é crucial o seu desenvolvimento nessa fase da vida. Foto Geraldine Hennemann Leão |
Coisa de fã:
Insisti para a convidarmos para jantar. Fui junto com ela no carro e jantamos pizza vegana e xis vegano. Na mesa estavam somente pessoas que adoro. Foi uma noite muito alegre e divertida. Ela me disse que escreve seus livros para que os ativistas tenham materiais, para que usem e que esse é o papel do filósofo.