(Marcio de Almeida Bueno, 20 de julho de 2003)
saí arrastado pela multidão
mas o sol cegava a grande maioria
escondendo a farsa e a solidão
espetando facas na palma da minha mão
sangue que escorria
saí cantando pelo salão
mas o carnaval fingia o nascer do dia
sentindo a cabeça voando em balão
serrando o tronco da árvore da ilusão
música que seguia
saí pelado em plena procissão
mas as beatas estavam firme na ave-maria
querendo paz paraíso e salvação
água benta jorrando em masturbação
padre que benzia.