Ele colocou na minha mão e pediu para eu fechar os olhos. Quando abri, amei o presente!
Eu trocava cartas durante minha adolescência. Era para falar de música, mas muito mais para trocar materiais, conhecer gente de fora, esperar o carteiro com coisas lindas, fitas K7, CDs, fanzines, fliers de bandas góticas, pesadas, diferentes... coisas desse tipo e muito mais. Mas não guardei praticamente nada.
Se guardou muita coisa. Eu não gosto de guardar nada. Aliás, o passado me incomoda, mesmo que seja bom. E hoje achamos maravilhas, eu adorei cada coisa que vi. Essas fotos acima ficaram desfocadas, a câmera não ajuda muito. É de um artista chamado Alex Cabral. Ele fazia essas instalações e fotografava.
Essas também são dele.
Um livreto sobre doenças sexualmente transmissíveis, em inglês. Super colorido e louco...
Aqui o interior. A câmera é uma ofensa à fotografia, mas em breve teremos uma melhor.
Nestas trocas descobrimos genialidades anônimas, criatividade sem limite, humor e poesia...
Ele fez uma seleção dos melhores e me deu o resto, que também é lindo demais... Havia até um fanzine do Dado Villa-Lobos da Legião Urbana, que sou fã!!!!! O fanzine era da gravadora dele e acompanhava um CD. Estes materiais eu guardei, mas não por muito tempo, pois irei mandar para meus amigos, muitos que conheci por correspondência também e que mantemos amizade até hoje, apesar de tantas mudanças, internet rápida, etc... Poesia é poesia...