Mas o amor e a dor são irmãos
um menino e uma menina,
estão de mãos dadas,
e me perseguem lá,
nos sonhos, onde não posso me defender.
Eu gostava de homens muito altos.
Quando encontrava um homem muito alto caminhado pela rua,
sentia vontade de andar ao seu lado, por alguns instantes
(como uma criança que pensa: "hoje eu andei ao lado de um grande homem")
Não entendo porquê temos essas particularidades, que mudam conforme o tempo e a época, a vivência.
Deve ser pelo fato de que meu modelo romântico sempre foi
O amor platônico do Professor Girafales (com as rosas e o charuto, claro) e a Dona Florinda.
É fácil caminhar ao lado de um estranho.
E manter o segredo, tão preso e guardado.
É a sina de ser transeunte e viver caminhando em um mundo de estranhos.