Eu li Paulo Coelho na adolescência, quase todos os livros. E quando saiu o filme sobre sua vida, chamado Não Páre Na Pista: A melhor história de Paulo Coelho, eu e meu marido fomos ver. No filme, estávamos curiosos. Eu, para relembrar a época em que li seus livros. Ele, para ver a época da parceria Raul Seixas e Paulo Coelho. Depois do filme, meu marido se interessou em ler algum de seus livros.
Os livreiros chatos onde eu passei para comprar um livro seu, tecem alguns comentários jocosos: "a melhor fase de Paulo Coelho era com Raul Seixas". Eu já penso que a melhor fase de Raul Seixas foi com Paulo Coelho!
Esses dias vi que ele estava online no Twitter e escrevi para ele. Ta aí, ele retuitou e também me respondeu:
Estar próximo de um escritor vivo é algo especial. Baltasar Gracián diz que "A amizade dos escritores é eterna" e eu amo esta frase. E não sou dessas pessoas que vivem atrás de autógrafo, não. Acho isso de uma futilidade idiota. Não me interessa um papel com o nome de alguém. Me interessa dizer àquela pessoa o quanto eu admiro-a. O contato entre escritor e leitor é como um abraço.Ele é um grande escritor, sem dúvida. É cosmopolita. Tem mais de nove milhões de seguidores só no Twitter. Depois de segundos desta postagem no Twitter, eu não parei de ser retuitada. Impressionante! Os números passam por mais de 160 milhões de livros vendidos, publicação em 168 países e 80 idiomas.
Digam o que digam. Um autor nunca é reconhecido em sua terra.
Saramago é desdenhado em Portugal, também foi acusado de plágio, vejam só, meu Saramago! Os portugueses que tive contato desdenham seu trabalho. Consideram-no apenas mais um.
Aqui mesmo no Brasil, aquele que considero o melhor escritor brasileiro, é ainda pouco conhecido. A gentalha só quer ler o que está na moda. O próprio Paulo Coelho, que era super moda na minha época de adolescente, hoje é menosprezado pelos que querem se fazer de intelectual, mas ele é lido e reconhecido no mundo inteiro. Minha admiração por ele nunca acabou. Seu novo livro chamado Adultério, está na lista dos que eu ainda penso em comprar. O autor pesquisou relatos de mais de mil internautas, para escrever este livro. Trata de um tema delicado, mas lendo algumas entrevistas dele, gostei muito da abordagem. Vamos ver como e quando este livro chegará em minhas mãos.
Vou reler. Muita saudade deste livro e de toda sua magia. No filme alguns trechos sao citados, por isso fiquei muito a fim de voltar a ele. Escolhi essa mesma capa clássica. |
Um romance autobiográfico que eu comecei a ler na praia, mas o livro ficou por lá, como doação. Deixo livros por todos os lados... Agora comprei de novo e vou ler novamente. |
Já li! Adquiri na feira do livro por pura saudade, quero ler novamente, a ver se eu gosto de novo. |
Este livro eu não conhecia. Eu abri e li um pedacinho. E gostei demais, pois fala do seu sonho de ser escritor, do qual eu me identifiquei. E daí comentei com ele no Twitter. |
E, considero realmente muito torpe um indivíduo que passa a vida inteira lendo só os temas da moda.
Eu leio de tudo, volto a ler o que é bom, leio muito e sempre, não tenho regra e não acho que ler coisas 'difíceis' ou chatas te faz ser mais inteligente.
E, quando me dá na telha, simplesmente fico muito tempo sem ler.
E, concordo mesmo que os que mais desprezam Paulo Coelho, são os pseudointelectuais das universidades e fora delas. Aqueles que dizem nas escolas que "esse tipo de leitura (aí desqualificam qualquer um) te abre para leituras mais aprimoradas". Mentira! O sujeito lê o que quiser. O livro chato não é lido e pronto.
Aqueles que escrevem bobagens ruins e obrigam seus alunos a lerem coisas horríveis, intragáveis! Livros tão péssimos que, quando a gente larga, não sente vontade de pegar mais!
Leia agora o que Ezio Flavio Bazzo diz sobre Paulo Coelho - Essa é, por incrível que pareça, apenas uma nota de rodapé, de um livro absurdamente genial!
"As recentes declarações do escritor Paulo Coelho afirmando solenemente que ele é o intelectual mais importante do país deixou muita gente encolerizada. Os professores-doutores que ao longo de suas carreiras não conseguiram vender mais de uma centena de seus livros; os poetas que penhoraram suas casas para editar suas inapreciáveis obras; os eruditos que década após década vieram dormindo sobre pergaminhos e enciclopédias assim como centenas de outros presunçosos estão em pavorosa. Como é possível tanta imprudência e tanto descaramento! Perguntam-se entre eles. Houve até quem declarasse recentemente que ser o intelectual mais importante deste país é mais ou menos como ser a rameira número quatro do Cazaquistão. Tudo bem! Mas como esquecer os cem milhões de livros vendidos? Como ignorar os palacetes? As grifes? As condecorações? As ruas, os coctéis e os templos que levam o seu nome? E o pior: os trezentos milhões de dólares em dinheiro vivo em sua conta bancária? Digam o que quiserem os ressentidos e os invejosos, mas para mim, o Paulo Coelho fez para a filosofia e para a sociologia (com seu sucesso) o que nem um outro intelectual foi capaz: demonstrou com suas brochuras açucaradas, na prática e sem grande esforço algum, que a espécie, a humanidade, as pessoas em geral são alienadas, torpes, superficiais, fúteis, repugnantes e que só adoram e consomem aquilo que se lhes assemelha."
Ezio Flavio Bazzo no livro Prostitutas, Bruxas e Donas de Casa - Notícias do Éden e do calvário feminino