sábado, 28 de janeiro de 2017

Ninguém vai tirar a minha paz

Escrevi este texto num dia em que a ficha caiu. Percebi que não dá para confiar em quase nada ou ninguém. Demorei para aceitar que as pessoas, muitas delas, só têm aparências, estão infladas pelo ego. Mas, para isso, basta uma agulha. Para essa bola toda murchar.
E, não sou eu que vou cumprir esse papel.

Apresento a vocês, caros leitores do meu blog, um novo período da minha vida. Eu estou em paz, feliz, de boa e nem aí para quase nada. Agora, um recado:

ninguém vai tirar a minha paz.

Essa paz construída com muita terapia, escrita com o sangue das horas em que destrinchei minha dor, e decidi deixá-la para trás. Muitos dias em que eu paguei e caro para conversar com meu terapeuta sobre meus vícios e medos. Muitas descobertas, muitas lágrimas de saudade do que já está morto: minha mãe e meu pai.
Não. Ninguém vai vir com suas demandas, carências, ego ou qualquer excrescência querer invadir essa felicidade.


Eu desacreditei do amor, faz algum tempo, mas amo. Não tenho problema nenhum em admitir. Esse sentimento é apenas uma doença que está dentro de mim e preciso combater.
Agora, estou começando a desistir da Amizade. Pois parece que só eu a levo à sério.
Eu sempre fui uma pessoa só, sempre tentei me virar sozinha. E, reconheço que, ao precisar de um apoio amigo, não há quase nada. Por quê?
Já tenho anos de terapia, suficientes para saber se isso é culpa minha ou não. Não é. Não sou uma pessoa egoísta. Ao contrário, eu sou generosa. E não irei mudar. Mas não levo mais nada à sério. Não vou mais aprofundar amizades, não vou mais me preocupar. Algumas pessoas só te procuram para saber para quem você está dando, qual é a fofoca da vez.

Homem que te procura só porque está sem mulher. Mulher que só é tua amiga pois está solteira. Para vocês, que fazem isso, talvez algum dia possam se perguntar: o que é realmente a amizade. E o que é ser amigo?
Só não adianta descobrir isso só lá na velhice, depois de ser sacana a vida inteira. Aí vira aqueles velhinhos que falam com todo mundo na rua. Nada contra Mas, e antes desse dia chegar? O que você fez?

Não vou mais aceitar menos. Não me venha me procurar quando levar chute de homem, quando a vida de princesa acabar, quando essa conversinha de Super Herói não interessar a mais ninguém, pois deveras já não interessa. Eu não estarei mais presente. Não estarei mais aqui.

Não, não estou mal. Aliás, eu trocaria todos os meus 37 anos de perda de tempo por esses últimos meses. Finalmente estou me sentindo livre.
Moro sozinha, saio com quem quiser, visto-me com o que queira. Sempre fui assim, mas agora descobri que certas influências só te colocam para baixo. Não caia nessa, meus leitores.
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