quinta-feira, 17 de março de 2016

Uma vegana solteira - como eu me sinto

Eu já pensei em escrever aqui sobre minha vida. Como um diário, mas acho isso um saco. Meu lance é escrever sobre o que aparece em minha mente, no agora... não importa o que seja.

De um dia para o outro eu me tornei uma mulher sozinha, divorciada.
Que palavra pesada essa: divorciada. Solteira seria melhor? Não sei.

O impressionante é meu estado de espírito nesse momento. 

É uma sensação boa e também angustiante. Será que vai dar certo? Será que vou sobreviver? Essas preocupações, que deveriam me deixar mal, não estão me abalando, pelo menos aparentemente. Não sei se ainda tive tempo para sofrer.

Eu queria sair de casa com apenas o básico. Como básico só me vinha à mente meu computador, meus livros e um colchão.
Mas quando se prepara uma mudança, você percebe que tem coisas demais.
Tudo parecia estar espalhado pela minha ex casa. Eram tantas coisas pequenas, marcas de longos anos vivendo em um lugar.

Ele me disse para não pensar que vai ser ruim. Mas eu tenho medo, e se for?

Eu sei que tudo pode ser ou não ser, dependendo de como eu mesma levar as coisas. Mas, saberei?

Eu venci muitos medos, estou vencendo ainda. Preciso de mais um trabalho para ficar mais tranquila. Sei que vou me sentir só, a solidão me acompanha mesmo quando era casada pois é algo interno, não tem a ver com os outros. Mas estou enfrentando.
Morando num lugar muito alto, com elevador. Eu, que tenho medo de elevador!

O mundo agora é diferente para mim. Sim, quando eu era casada era muito independente, fazia tudo o que farei agora, mas é diferente quando se tem um companheiro como eu tive.
E hoje estou no auge da minha fase adulta, pois eu no fundo tenho uma mente muito adolescente.

Só que não farei como a maioria das pessoas que despreza o que já viveu.
Eu não.
Recomendo o casamento a qualquer um. Me fez muito feliz, aprendi muitas coisas, inclusive a ser mais adulta. Seria igual se estivesse sozinha? Sim ou talvez, mas com alguém ao seu lado, tudo é melhor.

Vou curtir minha nova solidão, meus momentos de uma liberdade que só quem sai de uma relação sabe o quanto é bom, é como respirar ares novos, mais apaixonantes.

Mas, e pelo menos penso isso neste instante, eu pretendo me casar mais vezes sim. Não sei se será da mesma forma, do mesmo jeito, mas eu não vivo sem homem, admito. Amo uma companhia, mas só quando é a melhor.

Pois, embora eu esteja de mãos dadas com a morte, tem muita vida circulando em meu sangue. E, foi quando me dei conta disso, que tomei minhas decisões e decidi dar um salto no desconhecido.

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