terça-feira, 9 de junho de 2015

Quando o Oceano te levou

À casa que se foi

O que caiu naquelas ondas. A minha morte em mar estranho.
A minha casa. O farol. A luz de outrora que nunca se apaga em meu olhar.
Aquela imagem de meus pés a caminhar. As palavras que escrevi para ti.
Camposanto de San Juan - Puerto Rico


Aguas de sal.
Areia pesada.
A horta, as flores que ela cultivava. A terra que nasceu comigo.
O amor que ele nunca me deixava.
O imaterial que estava naquelas coisas.
Nas pequenas e poucas coisas.
Camposanto de San Juan - Puerto Rico
Eu tive e não tive. Era meu, mas de quem seria?
Depois aos meus olhos, o luar, amanheceria.
O mar era meu confidente. As palavras amigo e amor.
O amor adolescente que estava sempre distante [como tudo sempre esteve]
Ela não planta mais suas flores,
De modo que não cultiva mais suas dores.
Ele não olha mais suas árvores, não colhe mais o que plantou.
Não tenho mais minha tristeza, ao menos esta. Só esta. Mas que pesava tanto.
O mar continua me chamando. Precisava morrer para vê-lo, pois sou tão covarde para ir ao seu encontro.
Ellen Augusta
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...