terça-feira, 24 de março de 2015

Para todo aquele que não crê (nas aparências)

Essa postagem é dedicada àquele que, sabendo que essa sociedade é baseada na imagem, não faz o jogo, ou joga o quanto quer, não caindo nas armadilhas torpes e preconceituosas do engano.

Um recurso que a Natureza usa à vontade e não economizou em elaborar foi a beleza das aparências e mimetismos, mas a beleza nunca ficou na superfície, sempre foi até a profundidade de suas formas.
Quem ainda acredita e cai nos velhos jogos de aparências, é um pobre diabo. E é desse sujeito que estou a fim de falar. Pois rio muito e me divirto quando um idiota desse cai nas armadilhas provocadas pelo preconceito, pelas aparências.

A sociedade está lotada de pobres infelizes que se deixaram levar pela fachada, pela estirpe, pela classe social, pela religião dominante ou por qualquer religião e até mesmo pela vestimenta das pessoas. Elas julgam o todo pela parte que salta aos olhos.
Fazem um pré julgamento "apurado" completo, só de olhar para alguém.

O bem e o mal parece ter situação geográfica para alguns. E, curiosamente, está sempre fora de si, no outro. O pobre e favelado concentra o mal. Na mulher está o erro e ela provoca as tensões, qualquer delas, não só as sexuais. (O homem começou denegrindo a mulher pelo sexo. Mas o homem e todo o resto da sociedade se encarregou de a desconsiderar em todo o mais.) O rico, o bem vestido, o branco, macho e bonito concentra o bem. Ele representa o ponto alto da família. Ele é quem, afinal, paga as contas.

Não é assim?

Não! No mundo real, não é assim. Mas neste mundo infantil, infame e idiota em que todos vivem, sem amadurecer, é. Esperam um pai. Um cara bom que pague as contas e as carreguem no colo.

Sempre me alegro muito quando alguém se ferra por ter acreditado nas aparências.
Um otário que acreditou no cara bem vestido, e depois percebeu que o bonitão de terno era um assaltante. Mas teve preconceito com o outro, o desarrumado, pensando que era um ladrão.
Nos Shopping centers há códigos para todo o tipo de "pessoas suspeitas" e você sabe muito bem de quem estamos falando! Não se faça de ingênuo.
Mas os assaltos fenomenais se dão por gente muito bem 'apessoada', não correspondendo ao perfil esperado, ao preconceito vigente.
Ou a mulherzinha que só se interessa pelo malandro, pelos palhaços que a iludem o tempo todo, mas não pode ver - por que é cega - o cara legal que até mesmo é bonito, mas não tem 'aparência' de galã. A imagem comprada e vendida pelas marcas de roupas, grifes de perfumes, carros e toda a sorte de lixo que te enfiam pelo rabo.

Nas lojas, a qualidade do atendimento muitas vezes é também calibrada pela aparência.

Já houve enganos históricos, que seria enfadonho comentar aqui, e também não vou eu ficar dando dicas de como não ser torpe. Mas é ridículo ainda seguir no erro de atender mal ou bem pelo nível social. Quem perde é o vendedor, que deixa de vender, pois o cliente vai ser bem atendido em outro lugar.

O golpe do bilhete premiado só atrai pessoas gananciosas, pois para cair neste golpe, é preciso querer enganar uma outra pessoa inocente. No caso o "inocente" é o comparsa, que o otário, ingênuo e ganancioso, acha que está a enganar.

Um prato cheio para o Brasil! Um país que critica o governo, mas que está repleto de pequenos e grandes atos corruptos. Um país que espera sempre que um pai pague suas contas. Um governo patriarcal.
Não valoriza o que é público pois nem sabe o que isto significa.
Vive de aparências, pois é vazio por dentro.

Portanto, alguns brasileiros podem falar de política, outros, muitos outros, não.

E não pense que só o povão é que é ruim.
Não pense que, só por que você tem curso superior, vai encontrar ao seu redor, pessoas inteligentes.
Não se iluda com quem fala, carrega e compra livros. A menos que seja um raro apaixonado pela Literatura. Se lê com os olhos.
Não creia que está a salvo, só por que ao seu lado tem pessoas vestindo a mesma camiseta que a sua, tomando a mesma bebida que você, ou concordando com a cabeça. Não caia como um tolo no maldito jogo das aparências, porque eu só posso lhe garantir uma coisa: vou rir muito quando isso acontecer, pois você já estava avisado de antemão.

Um sujeito adulto não pode se queixar quando é vítima de sua própria ingenuidade.
Pois chegou até a idade adulta acreditando em seus próprios preconceitos, prejudicando pessoas, até mesmo deixando de ajudar alguém por ideias preconcebidas.
Então, caros amigos, só me resta rir, quando alguém é alvo de sua própria torpeza. E dizer: bem feito. Da próxima vez, tenha a gentileza de não ser preconceituoso com os demais.
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