quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Amor no cabide e roupas na rua

 As intervenções urbanas me atraem, pelo anônimo, pelo panfletário, e principalmente pelo coletivo da atitude. Esse projeto é chamado de Amor no Cabide. Consiste em deixar uma roupa para alguém e pegar algo, se precisar, ali mesmo, no cabide.
Já vi em paradas de ônibus, em lojinhas de artesanatos, de confecção de lã e mais de uma vez eu lembrei que tinha algo aqui em casa para colaborar.
 Neste dia, saímos para uma caminhada e, deixei meu vestido de lã sintética, feito pela minha sogra. Sim, pois mulheres também sentem frio. E nesses dias havia conhecido uma moradora de rua.
Olhem o cartaz lá em cima: "Eles também precisam". Pedem roupinhas para cães e gatos também.
 É importante poder participar de pequenos gestos, que fazem parte de grandes atitudes. Mais legal é publicar aqui no blog, divulgar ao máximo, para que outros possam imitar. Fazer o mesmo, ou melhor.
Uma boa atitude deve ser contada, publicada e encorajada sempre. Para que se quebre o silêncio do nada fazer, do negligenciar, do não saber e nem se interessar...
 Ver a cara de 'ai, to chocada', de algumas pessoas, me fazem sempre ter a certeza de que estou no caminho certo. Nas minhas atitudes e no meu modo de escrever.
 A intervenção, neste caso, é justamente isso: cortar o cotidiano. Mostrar que há coisas mais importantes que o celular quando não funciona, que os tecidos para a decoração dos sofás ou os pontos do seu cartão de milhagem.
Por isso a cidade está cheia de pequenos detalhes, de arte urbana, bastando levantar um pouco a cabeça virá-la um pouco para o lado - e ver realmente.
 O coração dizia algo como: pegue, é seu. Puxa, eu gostava muito desse vestido, quem será que o levou?
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