quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Do Centro da cidade para o interior de si mesmo

Estivemos na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para acompanhar a reunião da Comissão de Constituição e Justiça. Em quarto lugar na ordem para distribuição, estava o PL 156/2013, de Daniel Bordignon, que proíbe o abate de chinchilas para produção e comercialização de pele. Defensores de direitos animais levaram cartazes. Apenas três deputados compareceram, e a sessão foi dissolvida em poucos minutos por falta de quórum.
Foto Marcio de Almeida Bueno/http://diretodeportoalegre.blogspot.com.br/
De lá saímos, mas não foi perda de tempo não. É importante conhecer o funcionamento, e entender que o voto não é o 'instrumento da mudança' como ficam alguns papagaiando por aí. Ao contrário, o voto apenas mantém tudo como está, colocando mais massa na grande estrutura que, já pronta, só precisa de mais cimento. E mais iludidos.
Fomos conhecer o Palácio do Ministério Público. Ele apareceu, destacou-se em nossos olhos, e entramos nele. 
Um prédio antigo, uma história para contar.






Estava em exposição as esculturas de Mauri Valdir Menegotto, tornando as pedras e madeiras lisas e suaves...quase pensei que fossem sabonetes, chocolates, algo tão macio... tudo menos pedras...
Depois fomos almoçar no Chinês vegetariano Formosa, ali na Jerônimo Coelho. Lá tem opções veganas e um atendimento sorridente. 
E o resto do dia foi caminhar de encontro a coisas internas, lá onde eu faço psicoterapia. Ver o que se esconde dentro. Algo que consegue ser mais sombrio que as pedras do Palácio e as pedras brutas, depois lisas, ou a madeira rude, depois macia, que o autor tornou poético. Ou pesadas, pois eu preciso retirá-las uma a uma, de um século de carregá-las. Ou voluntariamente, ou por que me foram colocadas para as levar...
Pedras por pedras, alguns a transformam nestas obras, quem tem mais paciência.
Eu vou tirando-as de mim. Todas as palavras são usadas para tentar descrever em parte o que se encontra escondido no sombrio da alma, mas vai sendo clareado, ficando mais leve, deixando de ser pedra. 
E o mais importante: não as carrego mais. Nunca mais.
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