domingo, 1 de junho de 2014

A menina que roubava livros - (O Livro que eu terminei de ler)

Eu terminei hoje de ler este livro. Foi super legal. Uma amiga me emprestou e quase me obrigou a ler.
Eu sempre tenho uma pilha de livros para ler. E leio vários ao mesmo tempo. Dessa vez decidir ler um por vez. E o primeiro eleito foi este. Para devolver a tempo.
A parte que mais amei foi a história do menino que queria ser Jesse Owens. Você terá o prazer em conhecê-lo. Se ler o livro.
Foi o que acredito ser uma espécie de manifesto infantil. Todo manifesto é o puro desejo de uma busca.  Para nós, da verdade, para uma criança? Bom, ela ainda não sabe bem, ou talvez já saiba melhor que nós.
Mas não é só isso. E nunca poderei dizer o que senti quando vi (sim eu vi ) a beleza do que aconteceu neste instante do livro.

Há quem diga que é lenda a história de Hitler não ter apertado a mão de Jesse Owens ou não ter entregue as medalhas quando ele venceu. Andei pesquisando e há algumas explicações para as lendas.

O que me intriga é a Alemanha no auge do nazismo receber as Olimpíadas, provando (mais uma vez) que o mundo não é lá essas coisas.
Owens e o outro vencedor não fizeram a saudação. http://lasentinel.net/index.php?option=com_content&view=article&id=2849:black-history-political-and-social-statements-at-the-olympics&catid=110&Itemid=200
O autor, quando coloca a morte como a narradora, intuitivamente parece ter a mesma ideia de Saramago (no brilhante Evangelho Segundo Jesus Cristo), insinuando que, quem sabe a humanidade está adorando a 'Pessoa' errada.
Quando a morte mostra seu trabalho, quando pensa e age, ela vê o mundo e o céu. Ela vai levando alívio para a dor, carregando as almas e contando as histórias.
Eu gostei muito do livro e entendo agora, porque os Best-Sellers cativam o público. Não consegue-se parar de ler. E aprende-se sim, com eles.

A morte sempre foi linda para mim. Uma ideia encantadora, um fato ou algo certo, a certeza da certeza. Os mexicanos a adoram como Deusa. Talvez eles é que estejam mais próximos da verdade. A  morte me fez chorar uma vez. Das outras vezes me fez sentir falta é verdade, sem dúvida o vazio. mas dor mesmo foi apenas uma vez. No mais das vezes a morte veio e se foi e eu me habituei a vê-la. Sempre tive a fantasia ou a ideia fixa de esperá-la no momento certo, sem crenças, atéia. Uma espécie de assinatura, tipo 'aqui estou', a que não rezou. Agora tenho muitas esperanças, respeito a ideias, mas vou abandonando tudo, como roupas, até o momento de não ter mais nada. Até ela vir.
E me identifiquei muito com o livro e com os personagens. No livro ela menciona que algumas almas a esperam sentadas.
Como minha amiga soube, e por isso é minha amiga, porque já sabia, eu me identifiquei com a morte e com cada personagem, cada um tinha um pouco de mim e alguns me deram o que eu nunca tive.

Vou confessar uma coisa para o mundo, quem se importa? Max foi no livro, alguém que vi como o meu irmão. E sofri muito por ele.
Não tenho preconceito com livros. Uma menina me perguntou no super se esse livro era bom e eu disse sim! Os Best Sellers assustam, mas o bom escritor é lido e ponto. Não leio mais livros deste tipo pois há coisas mais importantes, como já disse o velho Schopenhauer.
Nós sabemos sim, que ontem ou hoje mesmo, vários povos sofrem no mundo, como sofreram os judeus retratados neste belo livro.
Tenho agora um livro delicado para ler. A biografia do Renato Russo. E neste fim de semana que passou estive a um grau pertinho do meu ídolo amado, o Renato Russo, que muito me fez cantar e chorar, conheci um amigo dele, pessoalmente. Ele é citado neste livro.
Obrigada amiga, adorei esta leitura!!!! Lágrimas e sorrisos fazem parte da vida, esta vida que tanto amamos!!!!
Ellen Augusta
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