segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O cabelo da super pin up it girl

Esta foto é especial. Além de eu estar linda, estou ao lado de uma pessoa que adoro muito, a Claudinha Lulkin, nutricionista vegana e querida ativista em muitas frentes. Foi no dia que a TV Unisinos entrevistou a Vanguarda Abolicionista e a Claudia Lulkin aqui em casa.

Além disso tudo, a foto é histórica por um pequeno detalhe. No dia em que foi postada no Facebook alguém entrou nos coments para, em tom acusatório, dizer que somos 'mais um casal de lésbicas' por causa do meu cabelo.
A pessoa escreveu aquilo para desqualificar. Por que achou que nos ofenderíamos se nos chamassem de casal de lésbicas. Mas na verdade não nos ofende.
Olhem o cabelo dessa deusa. Ela tem um instituto em Paris dedicado aos animais e o comanda com mãos de ferro. Amo-a!
Curiosamente, não é a primeira vez que vejo uma 'porta' criticar o cabelo de uma mulher que está a dar uma entrevista e falar de algo importante.
Em todo espaço público, seja na arte, televisão, esporte, e principalmente na política, o que se vê na mulher é sua aparência em primeiro lugar.
E não me venha com aquele papo tacanho de que as mulheres pedem isso, de que só pensam na aparência. Não importa. O que importa é que toda a sociedade só quer enxergar isso.

Já sabendo o que a sociedade é, procuro sempre brincar com o preconceito e a ignorância das pessoas, até arrancar o preconceito de dentro delas, como a Blimunda, querida personagem criada por Saramago.

O primeiro a usar terno com tênis... :) E ela, vestido com tênis, como eu costumo usar. Adoro esse casal.
E fico especialmente hilariante, quando percebo que o sujeitinho ali, que se acha o intelectual, que vai à noite encher a cara no bar mais cool da cidade, falar de arte e cinema, depois se desmancha em racismo e sexismo perante uma cena comum do dia.

E fico especialmente feliz, quando percebo que minha roupa provoca o olhar preconceituoso da patricinha, que se acha a 'superior girl pin up' da Cidade Baixa, que é a mais mais do teatro e que sabe tudo sobre o mundo dos gays e simpatizantes.

Esses tipos, estereotipados  (por que querem) são os primeiros a falarem de liberdade. E os primeiros a quererem tirá-la dos outros.

E para você macharedo:

Quando uma mulher fala de sexo em público:
*não significa que ela necessariamente está faminta por sexo.
*não significa que, se ela quer sexo, seja com você.
*você não é o único homem e as mulheres não estão dando o maior mole para você.

Portanto, tenha um pouco de simancol aêó...

A Corrida do Ouro Charles Chaplin - to vendo esse filme.
É preciso um pouco de civilidade.
Abaixo a entrevista:
http://vanguardaabolicionista2.wordpress.com/2012/10/14/101012_tv/
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