segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A irmandade do passado

Nos braços de uma longa amizade
Um amor de irmão nasceu
O que nunca tive, a família,
o tempo apagou
e esqueceu.
Eu não sabia o que era
Um abraço, uma lágrima.
Eu não sabia que sofria
A falta de uma humana flor.
Hoje o tempo brinda uma família, que é minha.
Insensata voz, a que conhece o grito.
A fala, através do amor, escreve.
A escolha certa, pelas minhas mãos, escolhe.
Sou ainda aquele farol no deserto oceânico
Minha alma sempre foi longe e sombria.
Meu amor sabe disso e mesmo assim me guia.

Uma mãe que é morta
Mesmo assim, é minha.
A saudade vai matando
a lembrança dos dias.
Por que temos que viver a morte?
Por que temos que morrer através dela?
Eu já havia morrido outra época, mas agora doeu mais forte.
A dor da perda é sempre nova, é sempre a mesma.
Mudam apenas os séculos.
Ellen Augusta
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