terça-feira, 17 de julho de 2012

A mulher que não suportava a bondade


Vi recentemente um filme de terror extremo, do famoso diretor de cinema Takashi Miike, conhecido pelos filmes de terror insuportáveis. Apesar de gostar muito de filme de terror, não costumo gostar deste tipo de filme, mas o filme que vi dele é muito bonito.
Chama-se ImPrint, e conta a história de um americano que volta a uma ilha de prostituição japonesa para buscar uma mulher pelo qual se apaixonou e lá encontra coisas inacreditáveis.
O filme mostra de uma forma singela e ao mesmo tempo terrível, o lado negro de todas as mulheres, suas doenças, fantasias, mentiras e bizarrices. A pobreza que condena milhares de mulheres à prostituição, que é ignorada pela quase totalidade de homens e mulheres que apenas fingem que isso não existe. O aborto como símbolo do feminino esquecido, renegado, e como símbolo de um machismo que permeia toda a sociedade.
A violência e crueldade feminina é mostrada com toda força neste filme, onde as cenas são de tal forma chocantes, que em muitas saí da sala para não ver.
O filme jamais nos faz esperar algo, pelo contrário, tudo o que esperaríamos das pessoas se corrompe, pois nada é o que parece.
Takashi Miike

Nada mal para uma realidade em que tudo se parece, mas que no fundo está corrompido por fantasias, inveja, canalhices de todos os tipos. O autor do filme apenas mostra que nem tudo o que esperamos de fato irá acontecer e que a maldade está mais arraigada do que podemos admitir.
Ellen Augusta 
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