sexta-feira, 29 de junho de 2012

Saramago enche a vida de poesia!

José Saramago apareceu em minha vida em um sonho. Sério. Eu sonhei com o nome dele em um jornal. Ao acordar, perguntei à minha amiga quem era o tal nome. E a partir daí tornei-me leitora, amiga de seus livros, admiradora de sua obra.
Ele é daqueles escritores que não te deixam respirar até o próximo ponto final. Geralmente quando chegamos ao ponto, temos que parar para assimilar a genialidade do que foi dito.

Já li vários livros dele. O primeiro que li, A caverna, não o li até o final, pois ainda não estava acostumada com seu português-português, se é que me entendem.
Ele publica seus livros em português de Portugal e pede que as editoras mantenham assim.
Dessa forma é muito mais emocionante entrar no mundo de suas histórias profundas e bonitas. Extremamente locais e universais, ao mesmo tempo.

O segundo livro que li, Memorial do convento, é uma obra prima de sensibilidade. Os personagens estão ainda dentro de mim como seres que depois de descobertos ficam para sempre na memória. Blimunda e Sete Sóis, a capacidade de captar o que há dentro de cada um. A passarola e outras histórias dentro da história.

O Ensaio sobre a cegueira foi lido numa sexta-feira à noite. Só quem leu sabe. Ainda não vi o filme.

Outros livros dele passaram por mim. Como História do cerco de Lisboa, que são duas histórias em uma, contadas ao mesmo tempo. Todos os nomes, e outros. Pretendo ler toda sua obra, pois é garantia de mergulho em águas profundas.

Ganhei de presente do meu marido, o que é considerado um dos melhores livros dele.
O evangelho segundo Jesus Cristo.
Já comecei a leitura. Sempre tive curiosidade para saber como Saramago escreveria este livro. E agora ele está em minhas mãos.
Já tive que ouvir (de pessoal da área de Letras) gente que não gosta de Saramago. Pois minha opinião sobre isso (com base nas pessoas que me disseram isso) é que a pessoa não leu de verdade o autor, não entendeu o que leu, ou tem preconceito pelo fato de ele ser ateu.

Saramago deve ser lido com atenção, pois seu estilo de escrita não é convencional. Há detalhes que vão sendo construídos ao longo da leitura, então o gaiato que lê uma página ou a aba do livro, vai achar péssimo.
E também há um rico diálogo com o leitor. Ele escreve várias histórias em uma, personagens que fazem chorar de tão humanos. Reflexões bombásticas em meio a sutilezas.
Sugestão de leitura imperdível.
Ellen Augusta
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