sábado, 2 de abril de 2011

Moda: Use o que você tem! Guarda Roupa Vegano.

O modo como lidamos com o consumo é consequência da nossa época, mas consumir é um comportamento antigo, desde os nossos antepassados, coletores e outros, a escolha dos produtos está muito ligada a nossa vida diária.
Hoje vou mostrar um pouco do meu guarda-roupa e as minhas arrumações.
Um guarda-roupa vegano: como é??? É igual aos outros, com pequenas diferenças...A principal está na escolha consciente das peças, não usar couro nem peles de animais.
Boa parte dessas peças vem de brechós e são bem limpas e de ótima qualidade. Terninhos para reuniões de trabalho comprei tudo na Bichos e Amigos. Gastar uma fortuna com um terninho que se usa só em entrevistas de emprego e reuniões não dá....
A organização do meu guarda roupa contou com uma opinião masculina: a do meu marido.
quando eu era adolescente tinha umas roupas esquisitas, que me envelheciam anos e gostava delas. Mas com o tempo fui mudando e com isso meu comportamento e estilo mudaram, só eu não percebia...

Foi um dia que meu marido me deu umas aulinhas de como se vestir e achei muito úteis, coisa que nenhum blog de moda soube me orientar....eu sempre me vesti bem, mas o toque dele foi especial.

Usar roupas conforme minha idade, camisetas são peças que me deixam super elegante e eu tinha o maior preconceito com elas... hoje tenho muitas.

Minha sorte é ter uma sogra que me manda muitos presentes... roupas, calçados, bolsas... não preciso comprar nada...

Não uso couro e peles por respeito aos animais e pelo desgaste ambiental que o curtume provoca. O couro brasileiro não é aceito em países do primeiro mundo por causa da toxicidade. Aqui é objeto de moda, mas só para quem nao liga os pontos...além do que o cheiro do couro (pele morta) é de arrepiar. Mesmo com todos os produtos tóxicos para disfarçar e conservar o couro, o cheiro de pele morta não sai. E com o suor humano fica uma coisa nojenta, que só mesmo os mais distraídos não percebem. No nosso país tropical fica ainda mais ridículo, mesmo aqui no Sul. Não vivemos mais nos tempos das cavernas para usar peles (nem todos os povos usavam peles) E couro é pele! Sim.

Procuro comprar em brechós que ajudam animais e reciclo tudo o que posso. Sempre lavo minhas roupas após usar, embora sei que gasta energia, não consigo usar nada duas vezes, mas procuro usar produtos eco como sabão de coco e produtos não testados em animais. Sabão líquido também, pois o sabão em pó é muito mais tóxico e não lava bem.
Usar o que se tem já é um bom começo...
Boa parte dessas bolsas eu ganhei, comprei em brechós para ajudar animais ou da Thiane do Reino Gato, que faz peças lindas para ajudar animais carentes. O Guarda chuva é vendido no grupo Gatos e Amigos.
Cuide bem do que voce já tem. Invista em ótimas peças e capricho na lavanderia... nada de marcas embaixo dos braços e encardidos... manter as peças em bom estado significam economia e também consciência ambiental.

Pois as roupas usam recursos naturais como todas as outras coisas. Gasta-se água, energia, materiais diversos, trabalho de pessoas e combustíveis.
Jamais use couro e peles por respeito aos animais em primeiro lugar e por respeito ao ambiente.
Esses materiais poluem como poucos. O material sintético pode poluir também, mas há muitos materiais reciclados e a poluição é bem menor e não envolve o uso de animais, que é barbárie.
Use para complementar a lavagem, limão e vinagre branco. Além de eco são bactericidas e deixam a roupa limpa de verdade. Um pouco de desinfetante para os mais fanáticos por limpeza pode ajudar também. Compre um litro e vai durar uma eternidade. É só 10ml diluído em muita água e em casos específicos. 
Minha pilha de roupas para passar lá no fundo. Para usar todas as roupas vou usando, lavando e colocando naquela pilha para passar. Quando juntar boa parte, significa que usei todas as roupas. Ter roupa que não usa "é carma ruim" como foi dito na série MONK. Nas gavetas de plástico as camisetas de ativismo, nas 3 necessaires, sutiãs, calcinhas e lenços e na necessaire da Granado as camisolas de dormir.
As roupas de inverno. A sogra faz tricôs maravilhosos então tenho muita coisa... lindos demais. Guardo em sacolas para reaproveitar. Na caixa estão os panos para customização, etc. 99% das linhas de tricô são de algodão e sintéticos. Lã de ovelha é coisa do passado, ainda bem...
Aí estão as miudezas como colares, maquiagem, cintos etc. Guardo nessas caixinhas para reciclar e ter mais espaço.
Essa bolsa de lona ganhei da sogra. É super ampla e uso para dar aulas, quando preciso levar bastante material. É linda.
Sapatos depois que fiz uma geral e doei os que me machucavam como o All Star que adorava mas me machuvava sempre... No próximo post falarei sobre os calçados. Essas sacolas aí estão vazias, mas deixo aí de reserva para alguma coisa. Na preta guardo as meias.
Algumas bolsas e maletas. A maleta de gatos ganhei da sogra e essa roxa e de brechós e tem uns sininhos - super espalhafatosa e barulhenta, mas acho bem legal!. Ali no canto ficam as calças e saias. E onde tem esse papagaio da Claro (museu) tem umas coisinhas que comprei para presente e deixo ali de reserva pois sempre tenho a quem presentear. Essa echarpe pendurada é italiana e ganhei da minha amiga Maria Helena, super chic...


As marcas famosas são famosas pelo fetiche que causam aos mais sujeitos a aparências. Hoje em dia nem todas tem a qualidade que pregam.

Não adianta perguntar à vendedora da loja a procedência da roupa, assim como não vale perguntar ao açougueiro a procedência da carne (argumento de quem come carne e se acha ecológico). Pois eles não sabem disso e não tem obrigação de saber.

Continuar consumindo roupa desenfreadamente é a questão, e não apenas saber de onde vem o que você consome. Com a globalização, é praticamente impossível saber, então cuide do que você já tem e compre somente o necessário. Essa é a dica.
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